
Os cientistas seguiram uma amostra de mulheres grávidas que forneceram informação sobre a sua alimentação no período anterior e durante o processo de crescimento do feto, através do preenchimento de inquéritos e de diários alimentares.Os resultados demonstraram que, comparativamente à alimentação praticada antes de engravidar, as portuguesas duplicaram o consumo de lacticínios e reforçaram a ingestão de fruta e sopa. Reduziram também o consumo de carnes vermelhas, fast food, bebidas alcoólicas, chá e café. No entanto, a maioria das grávidas ingeriu mais calorias do que o aconselhável tanto antes como durante a gravidez.
Ao longo da gestação, observou-se um crescimento ligeiro do consumo de proteínas e gordura saturada. Os autores registaram um aumento de consumo de vitamina A, E, B2, folato, cálcio e magnésio durante a gravidez. “Mas se não se considerar a ingestão de suplementos vitamínicos, então verifica-se uma ingestão insuficiente de vitamina E (73% das mulheres), folato (91%), magnésio (21%) e ferro (88 %)”, notam os autores.

Note-se que as condições a que os bebés estão expostos durante a vida intra-uterina podem determinar o aparecimento de doenças crónicas na vida adulta. Uma dessas exposições é a alimentação materna durante a gravidez. Em Portugal, é a primeira vez que se avaliam os hábitos alimentares das grávidas e se seguem os filhos para perceber as implicações que a alimentação das mães tem na saúde das crianças.
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