Fala-se muito em hipertrofia nos ginásios mas na maioria das vezes os intervenientes das conversas não sabem muito bem do que estão a falar.
Assim sendo, decidi colocar este post que explica de forma um pouco mais aprofundada o que é a tão falada hipertrofia.
A hipertrofia é o aumento dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados. A hipertrofia muscular exige grande esforço físico. Em algumas dessas condições, a hipertrofia tende a ser generalizada, inclusive no coração, o qual precisa de se adaptar às maiores exigências metabólicas. Tecidos e órgãos hipertróficos tornam-se aumentados de volume e de peso por causa do aumento volumétrico das células.
De acordo com Simón (2007), a hipertrofia possui os seguintes componentes:
- Aumento considerável da sensação transversal das fibras musculares;
- Aumento do tecido conectivo, que é aquele que não se contrai e representa aproximadamente 12% do músculo;
- Aumento de vascularização ou a formação de novos capilares;
- Melhora do metabolismo muscular.
Segundo Santarem (1998), toda a atividade física estimula o aumento da massa muscular. As sobrecargas que ocorrem no músculo em atividade são denominadas sobrecarga tensional e sobrecarga metabólica. A sobrecarga tensional faz referência ao aumento da tensão no músculo em atividade, que é diretamente proporcional à resistência oposta ao movimento e ao grau de ativação dos mecanismos contráteis. A sobrecarga metabólica, no caso do tipo energética, designa o aumento de atividade dos processos de produção de energia.
O organismo adapta-se devido à existência de estímulo, provocado pela sobrecarga tensional e a síntese de proteína contrátil mio fibrilar. Esse é considerado o mecanismo mais importante para a hipertrofia muscular. A sobrecarga metabólica dos exercícios contribui para a hipertrofia da fibra muscular devido ao estímulo para o aumento do volume das mitocôndrias e ao acúmular de glicogênio e água.
Com o estímulo à vascularização, próprio da sobrecarga metabólica, também contribui para o volume dos músculos. A quantidade de glicogênio pode triplicar nos músculos e, considerando-se que por razões de hidratação molecular, cada grama de glicogênio carrega quase três gramas de água, compreende-se o grande aumento do conteúdo de água intracelular resultante do processo.
O treino de força destaca a sobrecarga tensional, com cargas altas e baixas repetições, (geralmente entre três e cinco com intervalos entre séries maiores do que dois minutos). A hipertrofia ocorre lentamente porque a síntese proteica é um processo lento e pode atingir grande magnitude.
O treino para resistência, no caso anaeróbica, é executado com cargas menores e repetições mais elevadas (geralmente entre quinze e vinte, com os intervalos menores do que um minuto). A hipertrofia ocorre mais rapidamente porque o acumular de glicogênio é um processo relativamente rápido.
A hipertrofia máxima ocorre, com a agregação de sobrecargas que pode ocorrer de diversas formas. A mais comum e mais utilizada são as repetições em torno de dez movimentos, com intervalos entre séries entre um minuto e, um minuto e meio. A força e a resistência anaeróbia aumentam paralelamente justificando a utilização desse tipo de estímulo para quase todos os objetivos do treino com pesos
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