
Máquina smith vs. Halteres livres
Na smith, o movimento do supino acaba por estar pré-determinado. só podemos mover a barra para cima e para baixo, não existindo qualquer desvio no deslocamento. Com os halteres livres pode existir assimetria no movimento. A smith não permite um trabalho de estabilização, apenas precisamos de nos concentrarmos no levantamento da barra.

O que dizem os estudos científicos
Em 2010, um estudo publicado no Journal of Strenght & Conditioning Research analisou esta questão. Vinte e seis indivíduos (14 dos quais com alguma experiência de treino) executaram duas repetições máximas (RM), uma a 70% e uma a 90% da sua força máxima. Os exercícios foram realizados quer na smith quer com halteres livres.
Através de eléctrodos, os investigadores mediram a activação dos seguintes músculos: peitoral maior, deltóide anterior e deltóide lateral.
Resultados: no geral, todos os músculos foram mais estimulados quando o supino foi realizado com halteres, em comparação com o estímulo proporcionado pela smith. A diferença no peitoral maior e no deltóide anterior foi pouco significativa. A diferença mais significativa foi no deltóide lateral, tendo registado, em alguns casos, uma diferença de estímulo superior a 40%.
Estes resultados são fáceis de explicar. Com halteres livres, os músculos secundários têm de fazer um trabalho extra na estabilização da carga, coisa que não acontece na máquina smith. Isto torna o supino com halteres mais intenso do que o supino na smith. É por esta razão que, normalmente, é possível levantar mais carga na smith do que aquela levantada com os halteres livres.
Mas quererá isto dizer que a máquina smith passa a ser obsoleta? Não necessariamente. Ela pode dar jeito quando, por exemplo, não tiver um parceiro de treino para lhe segurar a barra ou ajudar na última repetição extenuante, ou permitirá concentrar-se apenas em exercer força para mobilizar a barra, pelo que poderá realizar o exercício com cargas significativamente superiores.
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